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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Estudo de João 3:22-36


Inveja e partidarismo
Verdadeira humildade
A dignidade de Cristo sendo declarado
Salvação

De certa forma, essa passagem merece atenção especial daqueles que amam a leitura bíblica. Temos aqui o ultimo testemunho que João Batista deu a respeito do Senhor Jesus Cristo. No final de seu ministério, João Batista, fiel ministro de Deus, foi o mesmo que era no inicio. Não mudou o que pensava sobre si mesmo, nem a respeito de Cristo. Feliz a igreja cujo ministro é firme, ousado e constante como João Batista.

Vemos, inicialmente, um marcante exemplo de inveja e partidarismo que pode haver entre os que professam o cristianismo. Lemos que os discípulos de João Batista ficaram ofendidos, porque o ministério de Jesus começou a atrair mais atenção do que seu mestre. “Foram ter com João e lhes disseram: Mestre, aquele que estava contigo alem do Jordão, do qual tens testemunhado, está batizando, e todos saem ao seu encontro.”
Infelizmente, a atitude demonstrada nesta reclamação é muito comum nas igrejas de Cristo.

Tais queixosos jamais deixaram de ter sucessores. Não tem faltado seguidores que se importam mais com o aumento de seu próprio grupo do que com o desenvolvimento do verdadeiro cristianismo. Estes não conseguem se regozijar  com o crescimento da igreja, a não ser que isso ocorra no seu próprio grupo. Muitos não conseguem ver boas coisas sendo realizadas, a não ser em suas próprias congregações. Tais homens parecem dispostos a deixar outros fora do céu, se não procurarem entrar através de sua denominação.

O crente verdadeiro deve orar e guardar-se dessa atitude manifestada pelos discípulos de João. É uma atitude insidiosa, contagiosa e prejudicial à causa do evangelho. Nenhuma outra coisa, mais do que a inveja e o partidarismo entre os crentes, causa tanta desonra ao cristianismo e leva inimigos da verdade a blasfemarem. Estamos presentes a verdadeira graça divina, devemos estar prontos  e dispostos a reconhecê-la, mesmo que seja fora  do nosso campo de trabalho. E esforcemo-nos a dizer como o apostolo Paulo: Fil 1:18  “Mas, que importa? O importante é que de qualquer forma, seja por motivos falsos ou verdadeiros, Cristo está sendo pregado, e por isso me alegro. De fato, continuarei a alegrar-me,”.Se o bem está sendo praticado, devemos ser gratos; mesmo que não esteja sendo feito de maneira que pensamos ser a melhor. Se as almas estão sendo salvas, devemos nos alegrar, qualquer seja o meio que Deus ache apropriado utilizar.

Vemos também nestes versículos, um esplêndido modelo de verdadeira piedosa humildade. Notamos na vida de João Batista uma atitude bastante diferente daquela demonstrada por seus discípulos. Ele inicia sua argumentação apresentando o grande principio de que aceitação diante dos homens é um dom de Deus, portanto, não devemos presumir que acharemos falta em outros, quando forem mais aceitos que nós. “o homem não pode receber coisa alguma se do céu não for lhe dado”. Prosseguindo relembra aos seus seguidores de ter declarado anteriormente que alguém maior que ele a mesmo estava por vir: “Vos mesmos sois testemunhas de que vos disse: Eu não sou Cristo” Esclarece que seu oficio em relação a cristo, é o oficio do amigo do noivo em relação a este. Finalmente, com solenidade afirmou que Cristo haveria de crescer mais e mais e que ele se tornaria cada vez menos importante; assim como o brilho da estrela é ofuscado pelo sol nascente, gradualmente ele desaparecia.
 Uma atitude semelhante a de João batista é o mais elevado nives de graça que o homem mortal pode obter. Aos olhos de Deus, o homem mais santo é aquele que mais se reveste de humildade (1 Pe 5.5). Sabemos qual o segredo para sermos homens da qualidade de Abraão, Moises, Jó, Davi, Daniel, Paulo e João Batista? Eles eram, acima de tudo, homens humildes. Viveram em épocas diferentes e experimentaram diferentes graus de iluminação espiritual; mas, pelo menos aspecto de humildade, tinham a mesma característica. Nada viam em si mesmos, alem de pecado e fraqueza. A deus rendiam toda a gloria por aquilo que eram. Andemos em seus passos. Busquemos com zelo os melhores dons, mas, acima de tudo, procuremos ser humildes. A honra  verdadeira é alcançada através da humildade.Nenhum foi tão honrado por Cristo quanto o homem humilde que disse: “Convém que ele cresça para que eu possa diminuir”

Vemos, ainda, a instrutiva declaração quanto a honra e a dignidade de Cristo. João ensinou sobre a grandeza daquele que veio. Referiu-se a ele como “o noivo” da igreja, aquele que veio “das alturas”; “o enviado de Deus” a quem Deus não concebeu “o Espírito por medida” o que é “amado do Pai” em cujas mãos todas as coisas foram confiadas; aquele que nele crê obtém a vida eterna, o que rejeita sofre eterna destruição. Todas elas demonstram a profundidade e  a altura da compreensão espiritual de João Batista.

Na vida ou na morte esforcemo-nos para ter a mesma compreensão demonstrada por João Batista a respeito do senhor Jesus. Jamais seremos capazes de exaltar cristo acima do que convém. Nossos pensamentos acerca da igreja, do ministério e das ordenanças podem facilmente ser muito elevados e exagerados. Mas acerca de Cristo, nunca chegaremos a pensar de forma demais elevado , ou ama-lo de forma exagerado, ou nele confiar de modo excessivo, ou louva-lo mais do que conveniente.Ele é digno de toda honra que lhe podemos oferecer. Nos céus ele é tudo. Vigiemos para que na terra ele seja tudo em nossos corações.
Por ultimo, nessa passagem vemos que João Batista faz uma grande declaração sobre a salvação que os verdadeiros crentes desfrutam no presente. Ele afirmou: Quem crê no filho tem vida eterna. O perdão, a paz e o total direito ao céu tornam-se sua possessão imediata, no instante que deposita a fé em cristo.

Esta verdade contem um dos mais gloriosos privilégios do evangelho. Para o pecador sejam aceito por Deus não há obras a serem realizadas, nenhuma condição a cumprir, nenhum preço a ser pago ou necessidade de passar por desgastes. A salvação está próxima ao pior dos pecadores, , este precisa-se arrepender-se e crer, e, a partir desse momento será salvo.

Meditações no evangelho de João
J.C. Ryle pag 39 40

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O primeiro sinal

Estudo realizado no grupo dois ou + no dia 30/10/2012
Antes de entrarmos  nos detalhes temos que entender o verdadeiro propósito dos sinais.
“Esse é o primeiro dos sinais que João relata, e ele insiste que seu propósito para registrar esses sinais que João relata, e ele insiste que seu propósito para registrar esses sinais era convencer as pessoas de que o Cristo é o filho de Deus, é Jesus”. ( Carson)
Nós não vamos errar muito em nosso entendimento desses versículos se procurarmos descobrir como eles alimentam a fé em Jesus .
O pano de fundo é o próprio Antigo Testamento, mediado pelo judaísmo do século I.
1-2 Primeiro dia uma delegação é enviada para interrogar João Batista (1.19-28), o segundo dia encontra João Batista anunciando Jesus como cordeiro de Deus (1.29), O terceiro dia traz dois discípulos à residência de Jesus (1.35-42), e o quarto dia é apresentado Simão Pedro e testemunha o incidente com Natanael.
O fato de eles terem sido todos convidados para o casamento indica que era um parente ou amigo perto da família. Não é impossível que Maria tivesse alguma responsabilidade na distribuição de comida: ai a tentativa de lidar com a escassez de vinho (2.3). Se o elo entre os capítulos 1 e 2 são tão fortes provavelmente quem acompanhou Jesus foi: Andre, Simão Pedro, Filipe, Natanael e o discípulo não identificado de 1.35 (João). Os doze são mencionados em 6.7, mas João não dá informações de como e quando os outros sete se tornaram seguidores de Jesus.
Uma celebração de casamento podia durar até uma semana, e a responsabilidade financeira era do Noivo. O esgotar de suprimentos era um terrível embaraço em uma cultura de ‘vergonha’; há algumas evidencias de que o noivo podia também ser sujeito à abertura de um processo pelos parentes ofendidos da noiva. O vinho que era necessário não era um mero suco de uva, um genérico fruto da videira. No versículo dez, o mestre de cerimônias espera que nessa altura da festa alguns dos convidados “já teriam bebido bastante: o verbo methyso não se refere a consumir liquido em demasia, mas à embriagues. Por outro lado, o vinho no mundo antigo era diluído com água  na proporção de um terço e um décimo de seu poder fermentado, isto é, algo mais fraco que a cerveja estado-unidense. O vinho não diluído, com a aproximadamente mesma potencia do vinho de hoje, era visto como bebida forte, e recebia muito mais desaprovação.
Como foi o primeiro milagre de Jesus, provavelmente Maria não o chama pensando nesta probabilidade. É mais provável que Maria tenha se dirigido a Jesus porque ela havia aprendido a depender de sua habilidade. As tradições que fazem ela viúva neste período são bastante plausíveis: Jose não aparece em cena após o episodio no templo, quando Jesus tinha doze anos de idade (Lc  2.41-52) e Jesus não era só conhecido como filho do carpinteiro (Mt 13.55), mas também como o carpinteiro (Mc 6.3). Aparentemente, a situação financeira da família, até esse ponto, dependia do seu trabalho manual. Como qualquer viúva, Maria dependia fortemente do seu primogênito. Como isso devia ter sido fácil com um filho como ele. Alem disso, de um ponto de vista literário, João repetidamente registra os interlocutores de Jesus agindo de forma puramente humana e natural, enquanto o próprio Jesus transcende suas questões, exigências ou expectativas. (3.3, 4; 4.15, 47; 5.6,7; 6.32,33, 41; 11.22-24)  

4- As respostas de Jesus suscita comentários sobre três pontos:
1.     A forma de tratamento, gynai (NVI, ‘mulher’, BLH senhora)embora totalmente cortes, não é normalmente um termo afetuoso, nem a forma de um filho se dirigir a uma mãe muito amada. Quando Jesus se dirige a Maria da Cruz, ele usa a mesma expressão (19.26) Equivalente em português é difícil de encontrar. Mulher é muito distante, cara mulher é muito sentimental. Senhora não é muito usado.
2.     A pergunta em si, ti emoi kai soi (lit o que é para mim e para você) gera um grande número de traduções. O tom não é rude; mas certamente é abrupto. Encontra-se também algum protesto ou recusa quando a expressão ocorre no grego clássico. Alguns interpretes dizem a expressão significa: Que temos nós em comum, mulher? (NVI), ou: Mulher, o que eu tenho contigo? (ARC). Estritamente falando, entretanto, a expressão simplesmente pergunta o que é comum a você e a mim – isto é, O que você e eu temos em comum. Não devemos evitar a conclusão de que Jesus, ao reprender sua mãe, embora com cortesia, declara, no inicio de seu ministério, sua completa liberdade em relação a qualquer tipo de conselho, agenda ou manipulação humana. Ele já embarcou em seu ministério, o objetivo da sua vinda; sua única estrela guia é a vontade do Pai. Isso devia ser estritamente difícil para Maria. Ela havia o gerado, amamentado, ensinado em boas mãos, visto ele cair quando aprendia a andar, bem como, aparentemente, ela havia passado a depender dele como provedor de sua família. Mas agora que ele havia entrado no propósito da sua vinda, tudo, inclusive os laços de família, tinham de ser subordinados a sua missão divina. Ela não podia mais vê-lo como as outras mães viam seus filhos, ela não tem mais as prerrogativas da maternidade. É um fato notável que toda vez que Maria aparece durante o curso do ministério de Jesus, ele se esforça para estabelecer uma distancia entre eles ( Mt 12.49-50) Isso não é indiferença da parte de Jesus: sobre a cruz, ele faz a provisão para o futuro dela (19.25-27). Mas ela, como qualquer outra pessoa, deve vir a ele como o messias prometido, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.Nem ela nem ninguém mais ousariam presumir aborda-lo com excessiva intimidade – uma lição até que Pedro teve que aprender (Mc8.31-33).Essa lição não poderia ser mais difícil do que para a mãe de Jesus; e talvez essa fosse parte da espada que atravessaria a sua alma (lc 2.35). Por isso devemos honra-la ainda mais.
3.     A razão que Jesus dá para a distancia entre ele e sua mãe deve ser vista a luz da cruz. A minha hora ainda não chegou (NVI) a palavra hora constantemente se refere a sua morte sobre a cruz e à exaltação ligado a ela (7.30; 8.20;  12.23,27; 13.1; 17.1), ou as consequências dela (5.28,29), assim não seria antinatural entende-la de qualquer outra forma aqui. Mas como isso poderia ter sido uma resposta para Maria? E o que se esperaria que o leitor entendesse a partir de uma referencia tão enigmática?
Para responder a essa primeira a segunda pergunta, a retoria chamaria esse tipo de referencia de prolepse interna, uma referencia a um tema que será desenvolvido mais a frente ou um evento mais tarde na narrativa. Tal mecanismo prende o interesse do leitor e faz perguntas: o que significa hora? Quando virá essa hora. Ela, ao estimular a curiosidade do leitor encoraja uma leitura mais atenta; alem disso o livro se torna mais profundo e mais complexo quando lido pela segunda vez ou vezes subsequentes. Antecipado o desenvolvimento do tema, nós, portanto, notamos que a hora da morte, ressurreição e exaltação de Jesus para a gloria é, na primeira parte desse evangelho, constantemente referida como algo que ainda não chegou, até a entrada dos gentios (12:20). Desse ponto em diante, com Jesus à beira da morte diz-se que a hora chegou (13.1 ao 17.1)?
Isso nos leva a primeira pergunta: Como poderiam as palavras de Jesus servirem de resposta para Maria? Ela está aparentemente pedindo para Jesus para fazer algo para remediar a falta de vinho e ele responde que a hora da sua morte/exaltação ainda não chegou. O ponto de conexão é provavelmente triplo.
1.     Embora Maria provavelmente apresentasse a necessidade de vinho em termos mundanos, Jesus, detecta mais simbolismo em vários enunciados que o falante pretendia. Maria quer que o casamento termine sem embaraços; Jesus lembra que os profetas caracterizavam a era messiânica como um tempo quando o vinho fluiria liberalmente. ( Jr31.12, Os 14.7, Am 9.13,14). Em outro, ele mesmo adapta o casamento como um símbolo para consumação da era messiânica (Mt 22.1-14; 25.1-13). Tratando o desenvolvimento das circunstancias como uma parábola encenada, Jesus esta inteiramente correto ao dizer que a hora do grande vinho, a hora de sua glorificação ainda não chegará.
2.     Embora todo o evangelho se mova em direção da cruz, para a glorificação de Jesus, não se deve pensar que o ministério de Jesus antes da cruz foi irrelevante, ou mera preparação. Antes, elementos individuais naquele ministério anteciparam a glorificação de Jesus na cruz, da mesma forma como se diz que os milagres feitos por Jesus nos evangelhos sinóticos anteciparam a cruz. É por isso que João reporta no fim desse primeiro sinal, que os discípulos testemunharam a gloria de Jesus e creram nele. Eles já vislumbravam algo da gloria ainda a ser revelada. Jesus esperava para a glorificação total que seria a morte e ressurreição.
3.     Terceiro, é bem possível que o evangelista veja uma conexão com 3.27-30 em que identifica Jesus como o noivo messiânico. Assim, ele suprirá todo o vinho que for necessário para o banquete messiânico, mas sua hora ainda não chegou. À medida que essa historia se desenvolve , ele, misericordiosamente
, compensa as deficiências do noivo desconhecido de João 2, em antecipação da forma perfeita em que ele mesmo preencherá a função do noivo messiânico.
5 A mãe de Jesus, ao dizer ao servos: Façam tudo que ele lhes mandar, evita a gentil repressão e da um exemplo do melhor tipo de fé , a perseverante. Assim como a mulher Cananéia que foi reprendida por sua abordagem presunçosa, mas que perseverou e que foi louvada por sua fé ( Mt 15.21-28), também Maria é reprendida por tirar vantagem dos laços de família, mas ela manifesta a fé em que está perfeitamente contente de deixar a questão nas mãos de Jesus. Em suma, em 2.3, Maria aborda Jesus como sua mãe e é reprendida; em 2.5, ela responde como crente e sua fé é honrada.

Esses dois versículos (2.4,5), por mais difíceis que sejam, ajudam a moldar esse relato do primeiro milagre de Jesus e asseguram que o foco é a gloria de Jesus (2.11) não a da fé de Maria ou a fé dos discípulos (2.11) incluindo a de Maria (2.5).

6 Cada pote armazenava duas ou três medidas, em cada medida equivale a oito ou nove galões. Os potes juntos armazenavam, aproximadamente, entre cem e cento e cinquenta e cinco galões ( entre 451 e 699 litros).Eram feitos de pedra( usados para as lavagens cerimoniais) porque não contraiam impurezas como o barro. O propósito deles prove uma pista para um dos significados do realtos, a água representa a velha ordem da lei e os costumes judaicos que Jesus teve que substituir por algo melhor.

7-8 os servos, até aquele momento, tinham tirado água para encher aqueles recipientes usados para as lavagens cerimoniais, agora eles devem tirar a água para levar a festa qie simboliza o banquete messiânico. Encher os potes com grande capacidade, até a borda, indica, portanto, que o tempo para a purificação cerimonial está completamente cumprido, a nova ordem, simbolizada pelo vinho.

9-10 Há agora uma evidencia, pois a maioria dos noivos serviam o melhor vinho primeiro, reservando o inferior para o final da festa. O que João diz é que o vinho que Jesus forneceu é muito superior, como deve ser tudo que está ligado a nova era messiânica a qual Jesus está trazendo

11- João termina o relato assim: Esse foi o primeiro de seus sinais miraculosos. Primeiro pode também significar primário, o tempo que Jesus está inaugurando, o tema da nova criação.  O novo testamento usa diversas palavras para a milagres: Dynameis (obras poderosas, mas não aparece em João que prefere a palavra sinais e maravilhas. Prefere porque não são apenas manifestações significativas de poder,mas sim manifestações que apontam para alem de si mesmos, para realidades mais profundas que podiam ser percebidas com os olhos da fé.

Com esse sinal, Jesus revelou a sua gloria, gloria como do unigênito vindo do Pai, cheio de graça e verdade. Sua gloria maior seria revelada em maior medida em sua cruz, ressurreição., mas cada passo ao longo do seu ministério era um prenuncio daquela glória. Os servos viram o sinal, mas não a gloria; os discípulos, pela fé, perceberam a gloria de Jesus por trás do sinal e eles creram nele.
O que fica claro é que o primeiro sinal ligado com a declaração sumaria do próprio livro em 20.30,31. O tempo viria quando a bem aventurança fosse pronunciada sobre novas gerações de seguidores, não podiam ver esses eventos, mas que, não obstante, creram e viram algo da gloria do Filho. (20.29)

Estudo retirado do livro Comentário do evangelho de João Da Carson

Um bom testemunho a respeito de Cristo.


Estudo realizado no grupo dois ou + no dia 23/10/2012
Estudamos nas ultimas semanas sobre o ministério de João Batista. Fizemos uma analise sobre a sua humildade e também a maneira como o qual apresentava a Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Nestes próximos versículos iremos notar o que isso produziu na vida de outras pessoas e entenderemos também o que isso pode significar para a nossa vida.

Evangelismo.

É um verbo que derivada do substantivo evangelho que significa boas novas. No mundo helênico era utilizada para trazer uma noticia que causasse alegria. Quando falamos em evangelismo, nada mais é do que levar essas boas novas para as pessoas.
Temos que proclama-la como a melhor noticia que recebemos, pois Deus nos dá o privilégio de sermos instrumentos Dele nesta missão, de levar a boas novas para as pessoas, que é a mensagem de amor de Deus.

Antes de entrar nos exemplos gostaria de chamar a atenção para um ponto.

O que o evangelho significa para a sua vida?

Para sermos relevantes e verdadeiramente impactantes na forma de demonstrar o evangelho, é importante que tenhamos um relacionamento profundo e sincero com Deus. Devemos viver uma vida de santidade. Para deixarmos o Espírito Santo agir em nossas vidas precisamos nos encher de sua presença, pois para impactarmos pessoas com o amor de Deus, é necessário estarmos cheios deste mesmo amor. Lembre-se evangelismo sem o Espírito Santo é um ato sem vida.    

Podemos observar claramente isso na vida do personagem que tanto falamos nesses últimos dias. Podemos considerar João batista como um evangelista, pois estava levando uma noticia para as pessoas que ali encontraram, mas antes disso ele era um conhecedor do profundo o amor de Deus pelas vidas. Se não provavelmente não se comportaria daquela maneira.

Existe um ponto chave que pode fazer com que as pessoas parem e permitam que o espírito Santo as convença do pecado, da justiça e do juízo e a boa noticia de Jesus seja anunciada; esse ponto chave se dá quando as pessoas se sentem amadas por alguém cheio do Espirito Santo. A bíblia diz que aqueles que cressem em Jesus “fluíram rios de águas viva”. Quando estamos cheios do amor de Deus e agimos com um simples “gesto de amor” podemos impactar vidas para Gloria de Deus. (Marcos Paulo Ferreira)

O que são esses gestos de amor?
Um olhar, um presente, um abraço, ou uma expressão sincera de amor.

Qual é a nossa chamada?

Essa foi a primeira chamada do discípulo Pedro:
Mat 4:19  E disse Jesus: "Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens"

A ultima dada por Jesus:
Mar 16:15  E disse-lhes: "Vão pelo mundo todo e preguem o evangelho a todas as pessoas.


Qual é a nossa missão? 

A verdadeira chamada te todo discípulos é revelar as pessoas aquilo que lhes foi revelado.
Joh 1:41-42  O primeiro que ele encontrou foi Simão, seu irmão, e lhe disse: "Achamos o Messias" ( isto é, o Cristo ). E o levou a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: "Você é Simão, filho de João. Será chamado Cefas" ( que significa Pedro ).
Joh 1:45  Filipe encontrou Natanael e lhe disse: "Achamos aquele sobre quem Moisés escreveu na Lei, e a respeito de quem os profetas também escreveram: Jesus de Nazaré, filho de José".


O segundo ponto que gostaria de levantar é que não existem formulas certas para um evangelismo de sucesso, cada um irá ter uma maneira de efetuar.

João Batista naquele momento foi chamado para um ministério de abrir o caminho para o Messias, em um contexto específico, onde os judeus estavam perdidos em suas carnalidades.  Então, João teve que chamar a atenção das pessoas, convocando os para o arrependimento para que depois proclamasse as boas novas “Vejam é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.”

Nós também teremos ministérios específicos em contextos únicos. Cada um de nós trabalha em um local, possui uma profissão e meios para que o evangelho chegue. Somos missionários aonde quer que estejamos e a nossa função será levar as boas novas para as pessoas.

Não importa a maneira que irá efetuar o evangelismo, mas o seu bem final tem que ser comum ao de João Batista, a proclamação das boas novas. Não podemos encaixotar o evangelismo e querer enquadra-lo a uma única forma. Cada situação terá um jeito de exercê-lo. 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Discípulo X Multidão Pregação 14/10/2012


Estudando as escrituras, principalmente nos evangelhos, nos deparamos varias vezes com o verbo seguir. Talvez seja um dos mais conhecidos entre nós. Seguir era uma das características integradas no ministério de Jesus. Alem de atrair muitas pessoas para próximo dele também utilizava o verbo para chama-los para si. Eu particularmente imagino que essa devia ser uma frase bem conhecida entre as pessoas antigamente. Olha lá os seguidores de Jesus ou também entre discussões familiares, você vai virar seguidor Dele. Eram escolhas que as pessoas tinham que fazer nessa época. Devia ser maravilhoso estar perto do mestre e ter a oportunidade de ouvir os seus ensinamentos e ver o poder de Deus manifestar no meio das pessoas.
A bíblia é muito clara a respeito dos indivíduos que seguiam Jesus. A palavra não especifica muito sobre esses seguidores, e os classifica em dois grupos apenas: as multidões e os discípulos.
Gostaria de entrar nesse assunto porque seguir a Jesus não o te torna um cristão. Existe uma grande diferença entre esses dois grupos, ser discípulo é muito diferente de ser a multidão. Passaram-se muitos anos e parece que a historia continua a se repetir. Olhando a igreja atual, nós vemos muitas multidões, muito entretenimento, muita teologia da prosperidade, muito o que Jesus pode dar e isso é errado.  Estamos vendo muita multidão e poucos discípulos e Jesus é bem claro em seu chamado. Somos chamados para sermos discípulos e não multidão.
E isso me preocupa, porque tem muitas pessoas sendo enganadas por ai, muitas pessoas achando que herdarão a vida eterna, mas estão indo diretos para o inferno.  Isso não te preocupa? Não podemos ficar calados, mas temos que verificar uma coisa antes, examine o seu coração com essa pregação, você é discípulo ou multidão?
Quero levantar as características sobre esses dois grupos.

João 6:25,26 Quando o encontraram do outro lado do mar, perguntaram-lhe: "Mestre, quando chegaste aqui? " Jesus respondeu: "A verdade é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos.”

Evangelho de João- o quarto evangelho, diferente dos evangelhos sinóticos, considerado como um evangelho mais profundo que complementa os outros. Traz diálogos que não está presente dentre os outros evangelhos. João antes desse dialogo tinha apresentado 5 dos 7 sinais miraculosos.I. Água em vinho [2.1-11]; II. Cura do filho do nobre [4.46-54] III. Cura do paralítico [5.1-18] IV. Multiplicação dos pães [6.1-15] V. Jesus anda sobre as águas [6.16-21].

Em especial no capítulo 6, apresenta dois sinais, Jesus efetuou o milagre da multiplicação dos pães, depois conta que os discípulos haviam saído sozinhos de barco, sem Jesus, e de repente no meio da escuridão Jesus aparece andando pelo mar.


Multidões. Vamos notar como elas agem? Grande diferença é a motivação entre os dois grupos.

Nesse exato momento eles perguntam a Jesus como ele havia feito essa milagrosa à travessia, pois eles sabiam que Jesus não havia ido com seus discípulos.






1) Confusos e incertos.
Se dirigem a ele como “Mestre” ou “Rabi” .
Eles o reconheciam como mestre X embora questionasse seu ensino.
Eles o aclamam como o Rei (v15) X embora não entendam nada do seu reino.

2) Motivação errada
“É verdade que”: em vez de responder o que eles queriam, o mestre questiona sobre a motivação deles.
“é que vocês estão me procurando, não porque viram os sinais miraculosos, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos.”

Quando eles viram o milagre da multiplicação dos pães, a multidão o enxergou literalmente, e não da forma que deveriam enxergar. Esse milagre em particular tinha enchido a barriga do povo e o povo amou (comeram os pães e ficaram satisfeitos) e todos estavam dispostos, fundamentados nisso, a alistar-se imediatamente.

3) Noções materialistas do Reino

Não trabalhem pela comida que se estraga Quando Jesus diz ao povo para não trabalhar pela comida que se estraga, ele está reprendendo suas noções puramente materialistas do Reino (6:15 Sabendo Jesus que pretendiam proclamá-lo rei à força, retirou-se novamente sozinho para o monte).
Como a mulher junto do poço que estava ansiosa para receber um suprimento interminável de água para que não precisasse voltar ao poço, assim também essas pessoas esperam um milagre que vá encher seus estômagos com pão.


4) Não entendem as palavras do mestre e nem as sua própria natureza. Quantas perguntas erradas eles fazem , Jesus responde o certo, mas eles nãoo enxergam.

1) Joh 6:28  Então lhe perguntaram: "O que precisamos fazer para realizar as obras que Deus requer? "  
Jesus respondeu: "A obra de Deus é esta: crer naquele que ele enviou".
2) Joh 6:30,31  Então lhe perguntaram: "Que sinal miraculoso mostrarás para que o vejamos e creiamos em ti? Que farás? Os nossos antepassados comeram o maná no deserto; como está escrito: ‘Ele lhes deu a comer pão do céu’".
Joh 6:32  Declarou-lhes Jesus: "Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu.  Joh 6:33  Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo".
Joh 6:34  Disseram eles: "Senhor, dá-nos sempre desse pão! "
Joh 6:35  Então Jesus declarou: "Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.
Joh 6:36  Mas, como eu lhes disse, vocês me viram, mas ainda não crêem.

Não temos tempo para analisar todos esses versículos, mas podemos perceber que a motivação que segue o coração da multidão é totalmente centrada em si mesma e que no final desse capitulo vemos que esses discípulos não seguem a Jesus pelo o que ele é, mas pelo o que pode lhe proporcionar.




Discípulo
O ministério de um discípulo é feito de joelhos aos pés da cruz.

Mat 16:24  Então Jesus disse aos seus discípulos: "Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.
Mat 16:25  Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará.

Por que a cruz é tão importante?
Diabo x Jesus ir para a cruz.
Como discípulos temos que ser atraídos para onde o nosso mestre foi atraído. Para cruz.
O diabo fez de tudo para que Jesus não chegasse na cruz e vai fazer de tudo para que você não chegue nela. A cruz foi o ponto central de Jesus e será também o nosso.
Porque se Jesus chegasse na cruz o diabo estaria condenado para sempre.

Por que o Diabo quer que nós estejamos longe da Cruz?
Primeiramente é lá que encontramos a nossa salvação. Por meio daquele sacrifício Jesus se torna justiça por nós. A condenação que nós merecíamos pelos nossos pecados é liberta naquele sacrifício, ou seja, a ira de Deus que deveria ser laçada sobre nós é apaziguada, e todos os nossos pecados são lançados são lançados sobre Jesus, e nos limpa concedendo a salvação.
Segundo, mesmo assim, o diabo quer deixar-nos longe da cruz, quanto mais longe nós nos distanciamos da cruz , mais distantes de Cristo ficamos e nos tornamos legalistas, olhando para o próximo, querendo corrigir os outros e esquecemos dos nossos corações.
 


Por que Jesus nos chama para perto da cruz?
Porque lá nós conhecemos a nossa natureza.
Na cruz existe arrependimento. Por que existe arrependimento? Porque lá nós vemos o quanto nós somos pecadores e terríveis. Por culpa do nosso pecado um inocente foi para lá.
Ele não deveria estar lá, se existisse alguém que não deveria estar naquela cruz esse era Jesus. Mas por causa da nossa maldade, da nossa iniquidade, dos nossos pecados ele foi para lá.
É aos pés da cruz que nós devemos iniciar o nosso caminhar como discípulos.

Assim que se inicia a vida de um verdadeiro discípulo aos pés da cruz.

Discípulo é reconhecido pelos seus frutos. Por que?

O fruto é algo que a arvore produz e não se alimenta deles. O fruto serve para alimentar outras pessoas.
E quais são esses frutos que produzimos quando estamos de joelhos na cruz?
Analisando o estudo feito em aula no seminário vemos as características que um discípulo deve buscar no sermão do monte nas bem aventuranças.

1. Pobres de espírito- Falência espiritual- Deus nos esvazia de certa forma que quando passamos por problemas nós nos achegamos a ele, sabendo que só ele pode resolver. Ser consolado em nossos. –dependência total de Deus e seus recursos, cf.
Is 57.15

2. Os que choram- não se conformam com o próprio pecado e com a situação do mundo [5.4]

3. Os humildes dão prioridade ao próximo acima dos próprios interesses 5.5 contrário do materialismo consumista –Jesus é exemplo máximo, cf. Mt 11.28-29



4. Os que têm fome e sede de justiça- • vivem em obediência o padrão da vida justa
(Bíblia) diante de Deus [5.6]
– não para aparecer, cf. Mt 6.1
– busca da vontade de Deus (Palavra)
– desejo de ver o agir de Deus na vida e mundo

5. Os misericordiosos
• respondem de forma prática às necessidades do próximo [5.7]
–misericórdia de Deus comigo leva a agir da mesma forma com próximo (Mt 6.12)
–bom samaritano


6. Os puros de coração
•mostram lealdade constante a Deus e vivem a Sua santidade [5.8]
–“purificado” (limpo) de coração
–relacionamento com Deus a partir do perdão em Jesus
–ver a Deus: 1Jo 3.2-3

7. Os pacificadores
• promovem a reconciliação entre homens e Deus e
entre as pessoas [5.9]
–paz (resolução de problemas) entre irmãos (igreja)
–“gosto” de paz para a sociedade e mundo

8.  Os perseguidos por causa da justiça
 • estão dispostos a pagar o preço pelo compromisso com Cristo [5.10-12]
 –mundo que sente-se “acusado” pelos cristãos (2Tm 3.12)
 –perseguição:
 a. por causa de Cristo
 b. insultos e calúnias (como com profetas)

Estudo de João 1.29-34 16/10/2012


Estudo de João 1.29-34

Por diversas vezes ao longo de nossas vidas iremos nos deparar com varias situações difíceis. Muitas delas poderão produzir sentimentos em nosso caminhar que irão abalar nossos dias. É muito difícil lidar com esses sentimentos. Nessas fases temos o costume de nos martirizar, de nos colocar para baixo e achar que nós não temos um valor especial. São as crises de nossas vidas. Todos os dias temos que dar louvores a Deus por termos acesso a bíblia, pois nela existe a resposta para as nossas crises. Sabemos que existem milhares de versículos, e infelizmente não temos como decorar todos, mas existem alguns que são muito importantes, alem de gravarmos de nós meditarmos nele. E esse versículo de João é um exemplo disso. Ao ler esse texto Deus trouxe ao meu coração o quanto nós somos especiais para ele. Se algum dia estiver desanimado, ajoelhe ao lado da sua cama, arrependa-se daquilo que te produziu esses sentimentos e com certeza Deus vai te ministrar o quanto você é especial para Ele e irá te mostrar o grande valor que você tem, pois fomos comprados por um alto preço que seria impossível de mensurar, o maior preço, o único preço.

Jo 29 "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”

Quando lemos essas palavras de João temos que nos alegrar. Devido a termos o costume de ouvirmos essa expressão com muita ênfase nos nossos dias, acabamos perdendo um pouco do valor e da profundidade que ela pode nos proporcionar. Naquela época essas palavras produziam um grande impacto na vida dos judeus que a escutavam, pois existia um significado muito importante para eles.

1. Um cordeiro foi usado como sacrifício na Páscoa (Ex 12.1-36)
2. Um cordeiro foi levado ao matadouro, segundo as profecias de Isaias (Is 53.7)
3. Um cordeiro era imolado nos sacrifícios diários de Israel (Lv 14.12-21)

O cordeiro era o animal utilizado pelos sacerdotes para que pudessem, através do sacrifício, purificar o pecado do povo. É interessante analisar como Deus trabalha sempre com a graça. Estipula a Lei como um holofote que mostrava o pecado do povo e que trazia o que era o caráter santo de Deus, mas ao mesmo tempo produz algo que pudesse redimi-los da culpa (sacrifício), se mostrando um Deus de amor. Cada sacrifício e todos os cordeiros mencionados na Bíblia apontavam para a vinda de Jesus, o cordeiro de Deus que através do sacrifício na cruz tiraria o pecado do mundo.

“Fiquemos atentos para que, ao pensarmos em Cristo, sempre o façamos conforme João Batista o apresentou neste texto. Sirvamos a Cristo fielmente, como nosso mestre. Obedeçamos-lhe lealmente, como nosso Rei. Atentamos aos seus ensinos. Sigamos diligentemente os seus passos, tendo-o como exemplo. Aguardemos intensamente a sua vinda como aquele que há de redimir nosso corpo e nossa alma. Acima de tudo, prezemo-lo como o que foi sacrificado por nós e descansemos todo o nosso fardo em sua morte, oferecida como expiação pelo nosso pecado. Que seu sangue seja cada dia mais precioso para nós, cada dia que vivermos!Em todas as coisas que gloriamos a respeito de Cristo, gloriemo-nos, acima de tudo, em sua cruz, Está é a pedra angular, este é o lugar seguro, este é o fundamento verdadeiro da teologia cristã, Não estaremos certo de qualquer coisa acerca de Cristo, até que o vejamos da perspectiva de João Batista e nos alegremo-nos nele como “o cordeiro que foi morto”.” (J.C Ryle)

Notemos também a obra peculiar que Cristo realiza segundo as descrições de João Batista. João diz que Cristo “tira o pecado do mundo”. Cristo é o Salvador. Ele não vem ao mundo para ser um conquistador, um filosofo ou mero professor de moralidade. Veio para salvar pecadores. Veio para fazer o que o homem jamais poderia fazer por si mesmo; para conceder o que o dinheiro e a cultura jamais poderiam obter. Para realizar o que é essencial à felicidade do homem; enfim veio para tirar o pecado. Cristo é o salvador completo. Ele tira o pecado. Não apenas uma vaga proclamação de perdão e misericórdia. Ele levou sobre si os nossos pecados e os afastou de nós. Consentiu em tomar e carregar “ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados” (1Pe 2.24). Os pecados de todo aquele que crê em Jesus tornam-se como se nunca tivessem sido cometidos. O cordeiro de Deus de Deus os removeu completamente.

O outro oficio que João Batista fala de Jesus é aquele que batiza com o Espírito Santo. O batismo referido aqui não é o batismo das águas. Não pode ser ministrado por homens.è o batismo que Jesus e consiste em implementar graça em nossos corações. É o mesmo que o novo nascimento. É o batismo do coração e não do corpo. É o batismo que o ladrão arrependido recebeu, embora não tenha sido submerso em águas por mãos.   

A humildade de João Batista 09/10/2012


A humildade de João batista.

Exemplo de uma humildade verdadeira. Ele é fornecido pelo próprio João, que era um homem de notável santidade. Poucos nomes se destacam mais do que ele, entre os bons e grandes homens dos registros bíblicos. O próprio Senhor Jesus Cristo o declarou:

Mt  11:11 “Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista”.
Jo   5:35  João era uma candeia que queimava e irradiava luz

No entanto, aqui este homem notável é visto em uma atitude de total modéstia e auto-humilhação. Ele afastava de si mesmo a honra que os judeus  queriam  lhe prestar. Dispensa todos os títulos lisonjeiros que lhe atribuíram.
Fala de si mesmo como “a voz que clama do deserto” e aquele que “batiza com água”. Em alta voz proclama que entre os judeus. Em alta voz proclama que entre os judeus há alguém que é maior que ele, cujas correias das sandálias não é digno de desatar. Não busca a própria gloria, mas a de Cristo. Sua missão é exaltar a Cristo.

Em toda a historia da igreja, os homens de Deus mais notáveis foram os que estiveram o espírito semelhante ao de João Batista. Foram bem diferentes quanto aos dons, conhecimento e caráter, de maneira geral; mas, em um aspecto, foram homens que se cingiram de “humildade” (1Pe 5:5). Estes não buscavam sua própria honra. Pensavam com modéstia a respeito de si mesmo. Estavam sempre prontos a diminuírem, para que somente Cristo crescesse; a serem nada, para que Cristo fosse tudo. E por isso receberam de Deus a honra . “O que se humilha será exaltado”(Lc 14:11).

Se professamos ser cristãos verdadeiros, procuremos ter um espírito semelhante ao de João Batista. Atentemos para humildade que é virtude imprescindível a vida cristã. Não desfrutemos uma verdadeira devoção pessoal até lançarmos fora os conceitos elevados sobre nós mesmos e reconhecermos que somos pecadores.  A humildade é a virtude que se deve ser cultivada na vida dos santos, os quais são indesculpáveis por negligencia-la. Está é a virtude que está acima das outras e se destaca com mais beleza, ao final de nossas vidas. Nunca sentiremos necessidade de tanta humildade quanto no dia em que estivermos no leito de morte ou diante do trono de Cristo para o julgamento.  Então, a nossa vida se parecerá com uma grande lista de imperfeições; nós mesmos seremos nada, mas Cristo será tudo.

A cegueira dos não convertidos.

Podemos observar nestes versículos um exemplo lamentável da cegueira do homem não convertido. Esse exemplo é visto nos judeus que vieram interrogar João Batista. Eles professavam estar aguardando o Messias. E, assim como os fariseus, orgulhavam-se  de ser filhos de Abraão e o alvo das alianças. Sentiam-se seguros por possuírem a lei e se vangloriavam de terem a Deus. Diziam conhecer a vontade dEle e crer em suas promessas. Confiavam em ser guia dos cegos e luz para os que assentavam nas trevas (Rm 2.17-19). Mas ao mesmo tempo, suas almas se encontram em trevas profundas.
No meio deles como o próprio João falou estava alguém que não conheciam. O próprio Cristo, o Messias prometido, estava entre eles, contudo não O viam, não O recebiam, nem creem n Ele. E, pior ainda, a grande maioria daqueles homens jamais chegaria a conhecê-lo.

Reflexão: É algo sério pensar que, em nossos dias, essas palavras de João batista se aplicam da mesma maneira a milhares de pessoas. Cristo está no meio de tantos que não O vêem, não O conhecem, nem creem Nele. Cristo está passando por muitas igrejas e por muitas congregações, a grande maioria não tem olhos para vê-lo nem para ouvi-lo. Parece pairar sobre eles um espírito de dormência. Conhecem prazeres, dinheiro e o mundo, mas não a Cristo. O reino de Deus está próximo a eles, mas estão dormindo. A salvação está ao seu alcance, mas eles dormem. A misericórdia, a graça, a paz e a vida eterna está próxima deles, que podem ser tocados, mas dormem. Cristo está no meio deles, mas não o conhecem. É triste descrevermos essas coisas, mas todo fiel seguidor de cristo, assim como João Batista, testificará que são verdadeiras.

E nós o que temos feito? Afinal de contas, esta é a grande questão que nos preocupa. Conhecemos a extensão dos privilégios espirituais, em nosso país e em nossos dias?
Estamos conscientes de que Cristo está passando por todos os cantos de nossa terra, convidando almas a virem a ele e tornarem seus discípulos?  
Sabemos que o tempo é curto e que a porta da misericórdia em breve se fechará para sempre?
Por ventura reconhecemos que o Cristo agora rejeitado logo será inacessível?
Felizes os que podem dar boas respostas a essas perguntas e reconhecerem a oportunidade de sua visitação ( Lc 19:44). No ultimo dia, será melhor nunca haver nascido do que ter Jesus Cristo entre  nós e não tê-lo conhecido.


Estudo tirado do livro Jc Ryle Meditações do evangelho de João

terça-feira, 2 de outubro de 2012

O prólogo (1.1-18)


O prólogo apresenta ao leitor e introduz também os principais temas do evangelho.

                                                                                                 Prólogo                   Evangelho
1.       A preexistencia do Logos ou filho                                    1.1,2                             17.5
2.       Nele estava a vida                                                            1.4                                5.26
3.       Vida é luz                                                                         1.4                                8.12
4.       Luz rejeitada pelas trevas                                                  1.5                                3.19
5.       Mas não estinta por elas                                                   1.5                               12.35
6.       Luz vindo ao mundo                                                         1.9                                3.19; 12.46
7.       Cristão não é recebido pelos seus                                    1.11                              4.44
8.       Nascido por Deus e não por carne                                   1.13                             3.6; 8.41,42
9.       Vendo sua Gloria                                                             1.14                             12.41
10.   O Filho Unigenito                                                            1.14,18                         3.16
11.   Verdade em Jesus Cristo                                                 1.17                              14.6 
12.   Ninguem viu a Deus, exceto aquele                                  1.18                              6.46


1.        Jo  1:1,2 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. X  Jo 17:5 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.

2.        Jo  1:4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens X Jo 5:26 Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.

3.        Jo 1:4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens X Jo 8:12 "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida"

4.        Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. X Jo 3:19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.
5.        Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. X Jo 12:35 Por mais um pouco de tempo a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo.

6.        Jo 1:9 Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.  X Jo 3.19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Jo 12.43 pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus

7.        Jo 1:11  Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. X Jo 4:44  ( Jesus tinha afirmado que nenhum profeta tem honra em sua própria terra. )

8.        Jo 1:13  os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. X  Jo 3:6  O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito.  Jo 8:41,42 Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês". Protestaram eles: "Nós não somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus".  Disse-lhes Jesus: "Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou


9.        Jo 1:14  Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua  glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. X Jo12:41 Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.

10.     Jo 1:14  Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.  X Jo 3:16  "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

11.     Jo 1:17  Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. X Jo 14:6  Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.

12.     Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. X Jo 6:46  Ninguém viu o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; somente ele viu ao Pai.


“De certa forma o Prólogo resume a forma como a Palavra, que estava junto de Deus no principio, entrou na esfera do tempo, da historia e da tangibilidade- em outras palavras, como o Filho de Deus foi enviado ao mundo para se tornar o Jesus da historia, de forma que a gloria e a graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante do livro é a ampliação do tema”. (Carson)

1- No principio, essas palavras, imediatamente, fazem qualquer leitor lembrar-se do antigo testamento, o versículo de abertura da bíblia: “No principio Deus criou os céus e a terra” Genesis começa com a criação, João se refere a criação, mas logo se volta o que Paulo chama de nova criação (2Co5.17). O contexto, em Genesis e aqui, mostra que o principio é absoluto: o principio de todas as coisas e do universo. 
 Considerando-se que João usava muitas referencias ao AT, esse é o lugar para começar. Lá a palavra de Deus está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gn1.3ss) revelação (Jr1.4; Is 9.8; Ez 33.7; Am 3.1,8) e libertação (Sl 107.20, Is 55.1. 
Deus simplesmente fala, e sua poderosa palavra cria.
Com essa palavra, essa divina auto expressão , existia no principio, pode-se supor que ela estava com Deus, ou era o próprio Deus.
João pretende que todo o seu evangelho seja lido à luz desse primeiro versículo.

2-João, em certo sentido, faz uma repetição das primeiras duas orações.

3-4. O versículo 3 simplesmente insiste, positiva e negativamente, que a palavra era o agente de Deus na criação  de tudo o que existe. Positivamente, Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; negativamente, sem ele, nada do que existe teria sido feito. A mudança no tempo verbal de foram feitas para teria sido feita é, portanto, a mudança do ato de criação para o estado de criação.
Que Cristo preexistente criou tudo é um tema comum no Novo testamento, mesmo que titulo “palavra” nesta conexão se restrinja à presente passagem. Referindo-se a Jesus Cristo, Paulo diz que “todas as coisas foram criadas por ele, e até mesmo, “para ele”, e que nele tudo subsiste” (Cl 1.16,17). O escritor de hebreus fala do filho por meio de quem Deus fez o universo. (Hb1.2)
Vida e luz são formas de focalizar a excelência da palavra: “Nele estava a vida e era, e era a luz dos homens. Muitos comentários chamam a atenção para o paralelo formal em 5.26” Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao filho ter vida em si mesmo. O relacionamento entre Deus e a Palavra no prólogo é a semelhança entre o Pai e o filho no restante do evangelho. Mais tarde Jesus afirma que ele é ambos a luz do mundo (8.12;9.5) e a vida (11.25;14.6).(Carson)
João no restante desse evangelho ira relacionar luz e vida com salvação.
A luz é a revelação que as pessoas podem receber em fé ativa para serem salvas, a vida de ressurreição ou a vida espiritual que é seu antegozo.(Carson)

5- Esse versículo é uma obra prima de ambiguidade planejada. Luz e trevas não são simplesmente opostos; trevas nada mais são que ausência de Luz.Na primeira criação, “trevas cobriam a face do abismo” (gn 1.2) até que Deus disse: “haja luz” (gn1.3). Em nenhuma outra ocasião a não ser da criação, poderia ser mais apropriadamente dito: A luz brilha nas trevas. Precisamente porque João está falando de criação, e não está descrevendo um universo dualístico luz e trevas, bem e mal, são oposto emparelhados, ele pode descrever a vitoria da luz: e as trevas não à derrotaram. A dualidade luz/trevas domina muito o restante do livro. As “trevas” em João não são somente ausência de luz, mas um mal concreto (Jo 3.19; 8.12;12.35,46; 1Jo1.5,6; 2.8,9,11); a luz não é só revelação ligada a criação, mas a salvação. A parte da luz traduzida pelo messias, a Palavra encarnada, as pessoas amam as trevas porque suas obras são más e isso retratado em Jo 3.19 e, quando a luz aparece elas as odeiam, porque não querem que suas obras sejam expostas Jo 3.20. De fato, sempre que é verdade que a luz brilha nas trevas, também é verdade que as trevas não a entendam.(Carson)


6-8. João Batista foi enviado por Deus, designado para está tarefa especifica, como uma testemunha para testificar acerca da luz. Maravilhoso resumo do ministério de João aparece em Jo 10:40-42  Então Jesus atravessou novamente o Jordão e foi para o lugar onde João batizava nos primeiros dias do seu ministério. Ali ficou, e muita gente foi até onde ele estava, dizendo: "Embora João nunca tenha realizado um sinal miraculoso, tudo o que ele disse a respeito deste homem era verdade". E ali muitos creram em Jesus. (Carson)

9.A verdadeira luz vindo ao mundo. Isso ressalta a encarnação de Jesus Cristo (v14, 3.16).
      Ao mundo. O sentido básico da palavra grega que significa um ornamento é ilustrado pela palavra adorno (1Pe 3.3) enquanto o novo testamento usa essa palavra no total de 185 vezes, João tinha uma preferência especial por ela, tendo empregado a 78 vezes no seu evangelho, 24 vezes em suas cartas e três vezes no apocalipse. João adquiriu varias nuanças de significado ao termo: 1. o universo físico criado (v3) 2. Humanidade em geral (3.16) 3. Sistema espiritual invisível do mal dominado por satanás e tudo quanto oferece oposição a Deus, sua palavra e seu povo (3.19). O ultimo conceito é um importante novo uso que o termo adquire no novo testamento e que predomina em João. Assim, na maioria das vezes que João usa a palavra ela possui implicações decididamente negativas. Ilumina a todo homem. Por meio do poder soberano de deus, todo o homem possui luz suficiente para que seja responsável, Deus implantou o conhecimento dele no ser humano mediante a relação geral na criação e na consciência. O resultado revelação geral no entanto, não produz salvação, mas conduz ou a luz total de Cristo ou produz condenação aqueles que rejeitam.  A vinda de Jesus cristo foi o cumprimento e a incorporação da luz que Deus colocou dentro do coração do homem. (Carson)
11- Seu..seus. é provável que seu se refere ao mundo da humanidade em geral, quanto seus se refira a nação judaica. Como criador, o mundo pertence ao verbo, sendo propriedade dele, mas o mundo nem mesmo o reconheceu por causa da cegueira espiritual. João usou seus em sentido mais restrito para se referir a linhagem física de Jesus, os judeus. Embora possuíssem as escrituras que testificam da pessoa e da vinda dele, ainda sim não o aceitaram Isaias 65: 2,3. Esse tema da rejeição judaica do seu prometido Messias recebe atenção especial no evangelho de João 12.37-41. (macarthur)
12-13. este versículo fazem contraste com os versículos 10 e 11. João ameniza a intensa rejeição do messias ao enfatizar a existência de um remanescente crente. Isso antecipa o enfoque do livro, pois os primeiros 12 capítulos enfatizam a rejeição de cristo enquanto o capitulo 13 a 21 ao remanescente crente que o recebeu.  (macarthur) 
12- Todos quanto receberam aos que creem no seu nome. A segunda fase descreve a primeira receber aquele que é o verbo de Deus significa reconhecer nele aquilo  que ele afirma ser, colocar a fé nele e, assim, submeter-se com fidelidade a ele. Deu-lhes. O termo enfatiza a graça de Deus envolvida no dom da salvação (Ef 2.8-10). O poder os que recebem Jesus, o verbo, recebe plena autoridade Deus tentar o glorioso titulo de filhos de Deus. Seu nome. Indica o caráter da própria pessoa.(macarthur)
13- De Deus. O lado divino da salvação: Em ultima analise não é a vontade humana de produzir a salvação, mas a vontade de Deus (Jo 3.6-8) (macarthur)
14- O verbo se fez carne. Com quanto Cristo como deus seja não criado e eterno a palavra “tornou-se” enfatiza cristo assumindo a humanidade. Este fato é certamente o mais profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o eterno foi conformado ao tempo; o invisível tornou-se visível; o ser sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o verbo não deixou de ser Deus , mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em forma humana como um homem. Habitou. Significa “fincar o tabernáculo” ou “morar numa tenda”. O termo lembra o tabernáculo do antigo testamento onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído. Chamava-se “a tenda da congregação” “tabernáculo do testemunho” LXX, onde “fala ao senhor a Moises face a face como qualquer fala ao seu amigo”. No NT, Deus escolheu habitar entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. No AT quando o tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de deus encheu toda a estrutura. Quando o verbo tornou-se carne a presença da divindade estava incorporada nele.Cheia de graça e verdade. Naquela ocasião, Moises pediu que Deus lhe mostrasse a sua Gloria. O Senhor respondeu a Moises que desfilaria toda a sua bondade perante ele, e, então, enquanto desfilava, ele, declarou: “o Senhor...compassivo, clemente e longânime, e grande em misericórdia e fidelidade”. Esses atributos da gloria de Deus enfatizam a bondade do caráter de deus, especialmente em relação a salvação. Jesus como javé no AT “Eu sou” exibiu os mesmos atributos divinos quando habitou na era do novo testamento. Vimos a sua gloria. Embora a sua divindade estivesse oculta em carne humana, a traços de sua divina majestade nos evangelhos. Os discípulo viram relances de sua gloria no monte da transfiguração. A referencia da gloria de Cristo, porem, não foi apenas visível, mas também espiritual. Eles viram-no exibir os atributos ou características de Deus (graça, misericórdia, sabedoria, verdade e etc). Gloria como... do pai. Jesus , na qualidade de Deus, exibiu a mesma gloria que a do pai. Eles são um em natureza essencial. Unigenito. Palavra unigênito trás a ideia de o único amado. Portanto, expressa a ideia de peculiaridade singular, de ser amado como ninguém outro. Por essa palavra João enfatiza o caráter exclusivo do relacionamento entre o Pai e o filho na divindade. Não trás a conotação de origem, mas de proeminência singular; por exemplo, foi usada para referir-se a Isaque (Hb 11:17) que foi o segundo filho de Abrão.(macarthur)
15- O testemunho de João batista corrobora a afirmação do apostolo João com relação a eternidade do verbo encarnado (macarthur)