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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A humildade de João Batista 09/10/2012


A humildade de João batista.

Exemplo de uma humildade verdadeira. Ele é fornecido pelo próprio João, que era um homem de notável santidade. Poucos nomes se destacam mais do que ele, entre os bons e grandes homens dos registros bíblicos. O próprio Senhor Jesus Cristo o declarou:

Mt  11:11 “Entre os nascidos de mulher não surgiu ninguém maior do que João Batista”.
Jo   5:35  João era uma candeia que queimava e irradiava luz

No entanto, aqui este homem notável é visto em uma atitude de total modéstia e auto-humilhação. Ele afastava de si mesmo a honra que os judeus  queriam  lhe prestar. Dispensa todos os títulos lisonjeiros que lhe atribuíram.
Fala de si mesmo como “a voz que clama do deserto” e aquele que “batiza com água”. Em alta voz proclama que entre os judeus. Em alta voz proclama que entre os judeus há alguém que é maior que ele, cujas correias das sandálias não é digno de desatar. Não busca a própria gloria, mas a de Cristo. Sua missão é exaltar a Cristo.

Em toda a historia da igreja, os homens de Deus mais notáveis foram os que estiveram o espírito semelhante ao de João Batista. Foram bem diferentes quanto aos dons, conhecimento e caráter, de maneira geral; mas, em um aspecto, foram homens que se cingiram de “humildade” (1Pe 5:5). Estes não buscavam sua própria honra. Pensavam com modéstia a respeito de si mesmo. Estavam sempre prontos a diminuírem, para que somente Cristo crescesse; a serem nada, para que Cristo fosse tudo. E por isso receberam de Deus a honra . “O que se humilha será exaltado”(Lc 14:11).

Se professamos ser cristãos verdadeiros, procuremos ter um espírito semelhante ao de João Batista. Atentemos para humildade que é virtude imprescindível a vida cristã. Não desfrutemos uma verdadeira devoção pessoal até lançarmos fora os conceitos elevados sobre nós mesmos e reconhecermos que somos pecadores.  A humildade é a virtude que se deve ser cultivada na vida dos santos, os quais são indesculpáveis por negligencia-la. Está é a virtude que está acima das outras e se destaca com mais beleza, ao final de nossas vidas. Nunca sentiremos necessidade de tanta humildade quanto no dia em que estivermos no leito de morte ou diante do trono de Cristo para o julgamento.  Então, a nossa vida se parecerá com uma grande lista de imperfeições; nós mesmos seremos nada, mas Cristo será tudo.

A cegueira dos não convertidos.

Podemos observar nestes versículos um exemplo lamentável da cegueira do homem não convertido. Esse exemplo é visto nos judeus que vieram interrogar João Batista. Eles professavam estar aguardando o Messias. E, assim como os fariseus, orgulhavam-se  de ser filhos de Abraão e o alvo das alianças. Sentiam-se seguros por possuírem a lei e se vangloriavam de terem a Deus. Diziam conhecer a vontade dEle e crer em suas promessas. Confiavam em ser guia dos cegos e luz para os que assentavam nas trevas (Rm 2.17-19). Mas ao mesmo tempo, suas almas se encontram em trevas profundas.
No meio deles como o próprio João falou estava alguém que não conheciam. O próprio Cristo, o Messias prometido, estava entre eles, contudo não O viam, não O recebiam, nem creem n Ele. E, pior ainda, a grande maioria daqueles homens jamais chegaria a conhecê-lo.

Reflexão: É algo sério pensar que, em nossos dias, essas palavras de João batista se aplicam da mesma maneira a milhares de pessoas. Cristo está no meio de tantos que não O vêem, não O conhecem, nem creem Nele. Cristo está passando por muitas igrejas e por muitas congregações, a grande maioria não tem olhos para vê-lo nem para ouvi-lo. Parece pairar sobre eles um espírito de dormência. Conhecem prazeres, dinheiro e o mundo, mas não a Cristo. O reino de Deus está próximo a eles, mas estão dormindo. A salvação está ao seu alcance, mas eles dormem. A misericórdia, a graça, a paz e a vida eterna está próxima deles, que podem ser tocados, mas dormem. Cristo está no meio deles, mas não o conhecem. É triste descrevermos essas coisas, mas todo fiel seguidor de cristo, assim como João Batista, testificará que são verdadeiras.

E nós o que temos feito? Afinal de contas, esta é a grande questão que nos preocupa. Conhecemos a extensão dos privilégios espirituais, em nosso país e em nossos dias?
Estamos conscientes de que Cristo está passando por todos os cantos de nossa terra, convidando almas a virem a ele e tornarem seus discípulos?  
Sabemos que o tempo é curto e que a porta da misericórdia em breve se fechará para sempre?
Por ventura reconhecemos que o Cristo agora rejeitado logo será inacessível?
Felizes os que podem dar boas respostas a essas perguntas e reconhecerem a oportunidade de sua visitação ( Lc 19:44). No ultimo dia, será melhor nunca haver nascido do que ter Jesus Cristo entre  nós e não tê-lo conhecido.


Estudo tirado do livro Jc Ryle Meditações do evangelho de João

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