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terça-feira, 2 de outubro de 2012

O prólogo (1.1-18)


O prólogo apresenta ao leitor e introduz também os principais temas do evangelho.

                                                                                                 Prólogo                   Evangelho
1.       A preexistencia do Logos ou filho                                    1.1,2                             17.5
2.       Nele estava a vida                                                            1.4                                5.26
3.       Vida é luz                                                                         1.4                                8.12
4.       Luz rejeitada pelas trevas                                                  1.5                                3.19
5.       Mas não estinta por elas                                                   1.5                               12.35
6.       Luz vindo ao mundo                                                         1.9                                3.19; 12.46
7.       Cristão não é recebido pelos seus                                    1.11                              4.44
8.       Nascido por Deus e não por carne                                   1.13                             3.6; 8.41,42
9.       Vendo sua Gloria                                                             1.14                             12.41
10.   O Filho Unigenito                                                            1.14,18                         3.16
11.   Verdade em Jesus Cristo                                                 1.17                              14.6 
12.   Ninguem viu a Deus, exceto aquele                                  1.18                              6.46


1.        Jo  1:1,2 No princípio era aquele que é a Palavra. Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. X  Jo 17:5 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti, com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.

2.        Jo  1:4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens X Jo 5:26 Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.

3.        Jo 1:4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos homens X Jo 8:12 "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida"

4.        Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. X Jo 3:19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.
5.        Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as trevas não a derrotaram. X Jo 12:35 Por mais um pouco de tempo a luz estará entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo.

6.        Jo 1:9 Estava chegando ao mundo a verdadeira luz, que ilumina todos os homens.  X Jo 3.19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más. Jo 12.43 pois preferiam a aprovação dos homens do que a aprovação de Deus

7.        Jo 1:11  Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. X Jo 4:44  ( Jesus tinha afirmado que nenhum profeta tem honra em sua própria terra. )

8.        Jo 1:13  os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. X  Jo 3:6  O que nasce da carne é carne, mas o que nasce do Espírito é espírito.  Jo 8:41,42 Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês". Protestaram eles: "Nós não somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus".  Disse-lhes Jesus: "Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou


9.        Jo 1:14  Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua  glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. X Jo12:41 Isaías disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.

10.     Jo 1:14  Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido.  X Jo 3:16  "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.

11.     Jo 1:17  Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. X Jo 14:6  Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.

12.     Jo 1:18  Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. X Jo 6:46  Ninguém viu o Pai, a não ser aquele que vem de Deus; somente ele viu ao Pai.


“De certa forma o Prólogo resume a forma como a Palavra, que estava junto de Deus no principio, entrou na esfera do tempo, da historia e da tangibilidade- em outras palavras, como o Filho de Deus foi enviado ao mundo para se tornar o Jesus da historia, de forma que a gloria e a graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante do livro é a ampliação do tema”. (Carson)

1- No principio, essas palavras, imediatamente, fazem qualquer leitor lembrar-se do antigo testamento, o versículo de abertura da bíblia: “No principio Deus criou os céus e a terra” Genesis começa com a criação, João se refere a criação, mas logo se volta o que Paulo chama de nova criação (2Co5.17). O contexto, em Genesis e aqui, mostra que o principio é absoluto: o principio de todas as coisas e do universo. 
 Considerando-se que João usava muitas referencias ao AT, esse é o lugar para começar. Lá a palavra de Deus está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gn1.3ss) revelação (Jr1.4; Is 9.8; Ez 33.7; Am 3.1,8) e libertação (Sl 107.20, Is 55.1. 
Deus simplesmente fala, e sua poderosa palavra cria.
Com essa palavra, essa divina auto expressão , existia no principio, pode-se supor que ela estava com Deus, ou era o próprio Deus.
João pretende que todo o seu evangelho seja lido à luz desse primeiro versículo.

2-João, em certo sentido, faz uma repetição das primeiras duas orações.

3-4. O versículo 3 simplesmente insiste, positiva e negativamente, que a palavra era o agente de Deus na criação  de tudo o que existe. Positivamente, Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; negativamente, sem ele, nada do que existe teria sido feito. A mudança no tempo verbal de foram feitas para teria sido feita é, portanto, a mudança do ato de criação para o estado de criação.
Que Cristo preexistente criou tudo é um tema comum no Novo testamento, mesmo que titulo “palavra” nesta conexão se restrinja à presente passagem. Referindo-se a Jesus Cristo, Paulo diz que “todas as coisas foram criadas por ele, e até mesmo, “para ele”, e que nele tudo subsiste” (Cl 1.16,17). O escritor de hebreus fala do filho por meio de quem Deus fez o universo. (Hb1.2)
Vida e luz são formas de focalizar a excelência da palavra: “Nele estava a vida e era, e era a luz dos homens. Muitos comentários chamam a atenção para o paralelo formal em 5.26” Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao filho ter vida em si mesmo. O relacionamento entre Deus e a Palavra no prólogo é a semelhança entre o Pai e o filho no restante do evangelho. Mais tarde Jesus afirma que ele é ambos a luz do mundo (8.12;9.5) e a vida (11.25;14.6).(Carson)
João no restante desse evangelho ira relacionar luz e vida com salvação.
A luz é a revelação que as pessoas podem receber em fé ativa para serem salvas, a vida de ressurreição ou a vida espiritual que é seu antegozo.(Carson)

5- Esse versículo é uma obra prima de ambiguidade planejada. Luz e trevas não são simplesmente opostos; trevas nada mais são que ausência de Luz.Na primeira criação, “trevas cobriam a face do abismo” (gn 1.2) até que Deus disse: “haja luz” (gn1.3). Em nenhuma outra ocasião a não ser da criação, poderia ser mais apropriadamente dito: A luz brilha nas trevas. Precisamente porque João está falando de criação, e não está descrevendo um universo dualístico luz e trevas, bem e mal, são oposto emparelhados, ele pode descrever a vitoria da luz: e as trevas não à derrotaram. A dualidade luz/trevas domina muito o restante do livro. As “trevas” em João não são somente ausência de luz, mas um mal concreto (Jo 3.19; 8.12;12.35,46; 1Jo1.5,6; 2.8,9,11); a luz não é só revelação ligada a criação, mas a salvação. A parte da luz traduzida pelo messias, a Palavra encarnada, as pessoas amam as trevas porque suas obras são más e isso retratado em Jo 3.19 e, quando a luz aparece elas as odeiam, porque não querem que suas obras sejam expostas Jo 3.20. De fato, sempre que é verdade que a luz brilha nas trevas, também é verdade que as trevas não a entendam.(Carson)


6-8. João Batista foi enviado por Deus, designado para está tarefa especifica, como uma testemunha para testificar acerca da luz. Maravilhoso resumo do ministério de João aparece em Jo 10:40-42  Então Jesus atravessou novamente o Jordão e foi para o lugar onde João batizava nos primeiros dias do seu ministério. Ali ficou, e muita gente foi até onde ele estava, dizendo: "Embora João nunca tenha realizado um sinal miraculoso, tudo o que ele disse a respeito deste homem era verdade". E ali muitos creram em Jesus. (Carson)

9.A verdadeira luz vindo ao mundo. Isso ressalta a encarnação de Jesus Cristo (v14, 3.16).
      Ao mundo. O sentido básico da palavra grega que significa um ornamento é ilustrado pela palavra adorno (1Pe 3.3) enquanto o novo testamento usa essa palavra no total de 185 vezes, João tinha uma preferência especial por ela, tendo empregado a 78 vezes no seu evangelho, 24 vezes em suas cartas e três vezes no apocalipse. João adquiriu varias nuanças de significado ao termo: 1. o universo físico criado (v3) 2. Humanidade em geral (3.16) 3. Sistema espiritual invisível do mal dominado por satanás e tudo quanto oferece oposição a Deus, sua palavra e seu povo (3.19). O ultimo conceito é um importante novo uso que o termo adquire no novo testamento e que predomina em João. Assim, na maioria das vezes que João usa a palavra ela possui implicações decididamente negativas. Ilumina a todo homem. Por meio do poder soberano de deus, todo o homem possui luz suficiente para que seja responsável, Deus implantou o conhecimento dele no ser humano mediante a relação geral na criação e na consciência. O resultado revelação geral no entanto, não produz salvação, mas conduz ou a luz total de Cristo ou produz condenação aqueles que rejeitam.  A vinda de Jesus cristo foi o cumprimento e a incorporação da luz que Deus colocou dentro do coração do homem. (Carson)
11- Seu..seus. é provável que seu se refere ao mundo da humanidade em geral, quanto seus se refira a nação judaica. Como criador, o mundo pertence ao verbo, sendo propriedade dele, mas o mundo nem mesmo o reconheceu por causa da cegueira espiritual. João usou seus em sentido mais restrito para se referir a linhagem física de Jesus, os judeus. Embora possuíssem as escrituras que testificam da pessoa e da vinda dele, ainda sim não o aceitaram Isaias 65: 2,3. Esse tema da rejeição judaica do seu prometido Messias recebe atenção especial no evangelho de João 12.37-41. (macarthur)
12-13. este versículo fazem contraste com os versículos 10 e 11. João ameniza a intensa rejeição do messias ao enfatizar a existência de um remanescente crente. Isso antecipa o enfoque do livro, pois os primeiros 12 capítulos enfatizam a rejeição de cristo enquanto o capitulo 13 a 21 ao remanescente crente que o recebeu.  (macarthur) 
12- Todos quanto receberam aos que creem no seu nome. A segunda fase descreve a primeira receber aquele que é o verbo de Deus significa reconhecer nele aquilo  que ele afirma ser, colocar a fé nele e, assim, submeter-se com fidelidade a ele. Deu-lhes. O termo enfatiza a graça de Deus envolvida no dom da salvação (Ef 2.8-10). O poder os que recebem Jesus, o verbo, recebe plena autoridade Deus tentar o glorioso titulo de filhos de Deus. Seu nome. Indica o caráter da própria pessoa.(macarthur)
13- De Deus. O lado divino da salvação: Em ultima analise não é a vontade humana de produzir a salvação, mas a vontade de Deus (Jo 3.6-8) (macarthur)
14- O verbo se fez carne. Com quanto Cristo como deus seja não criado e eterno a palavra “tornou-se” enfatiza cristo assumindo a humanidade. Este fato é certamente o mais profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se finito; o eterno foi conformado ao tempo; o invisível tornou-se visível; o ser sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o verbo não deixou de ser Deus , mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade em forma humana como um homem. Habitou. Significa “fincar o tabernáculo” ou “morar numa tenda”. O termo lembra o tabernáculo do antigo testamento onde Deus se encontrava com Israel antes do templo ser construído. Chamava-se “a tenda da congregação” “tabernáculo do testemunho” LXX, onde “fala ao senhor a Moises face a face como qualquer fala ao seu amigo”. No NT, Deus escolheu habitar entre o seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. No AT quando o tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de deus encheu toda a estrutura. Quando o verbo tornou-se carne a presença da divindade estava incorporada nele.Cheia de graça e verdade. Naquela ocasião, Moises pediu que Deus lhe mostrasse a sua Gloria. O Senhor respondeu a Moises que desfilaria toda a sua bondade perante ele, e, então, enquanto desfilava, ele, declarou: “o Senhor...compassivo, clemente e longânime, e grande em misericórdia e fidelidade”. Esses atributos da gloria de Deus enfatizam a bondade do caráter de deus, especialmente em relação a salvação. Jesus como javé no AT “Eu sou” exibiu os mesmos atributos divinos quando habitou na era do novo testamento. Vimos a sua gloria. Embora a sua divindade estivesse oculta em carne humana, a traços de sua divina majestade nos evangelhos. Os discípulo viram relances de sua gloria no monte da transfiguração. A referencia da gloria de Cristo, porem, não foi apenas visível, mas também espiritual. Eles viram-no exibir os atributos ou características de Deus (graça, misericórdia, sabedoria, verdade e etc). Gloria como... do pai. Jesus , na qualidade de Deus, exibiu a mesma gloria que a do pai. Eles são um em natureza essencial. Unigenito. Palavra unigênito trás a ideia de o único amado. Portanto, expressa a ideia de peculiaridade singular, de ser amado como ninguém outro. Por essa palavra João enfatiza o caráter exclusivo do relacionamento entre o Pai e o filho na divindade. Não trás a conotação de origem, mas de proeminência singular; por exemplo, foi usada para referir-se a Isaque (Hb 11:17) que foi o segundo filho de Abrão.(macarthur)
15- O testemunho de João batista corrobora a afirmação do apostolo João com relação a eternidade do verbo encarnado (macarthur)





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