O prólogo (1.1-18)
O prólogo apresenta ao leitor e introduz também os
principais temas do evangelho.
Prólogo Evangelho
1.
A preexistencia do Logos ou filho 1.1,2 17.5
2.
Nele estava a vida 1.4 5.26
3.
Vida é luz 1.4 8.12
4.
Luz rejeitada pelas trevas 1.5 3.19
5.
Mas não estinta por elas 1.5 12.35
6.
Luz vindo ao mundo 1.9 3.19; 12.46
7.
Cristão não é recebido pelos seus 1.11 4.44
8.
Nascido por Deus e não por carne 1.13
3.6; 8.41,42
9.
Vendo sua Gloria 1.14 12.41
10. O Filho Unigenito 1.14,18 3.16
11. Verdade em Jesus
Cristo 1.17 14.6
12. Ninguem viu a Deus, exceto
aquele 1.18 6.46
1.
Jo 1:1,2 No princípio era aquele que é a Palavra.
Ele estava com Deus, e era Deus. Ela estava com Deus no princípio. X Jo 17:5 E agora, Pai, glorifica-me junto a ti,
com a glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse.
2.
Jo 1:4 Nele estava a vida, e esta era a luz dos
homens X Jo 5:26 Pois, da mesma forma como o Pai tem vida em si mesmo, ele
concedeu ao Filho ter vida em si mesmo.
3.
Jo 1:4 Nele estava a vida, e esta era
a luz dos homens X Jo 8:12 "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca
andará em trevas, mas terá a luz da vida"
4.
Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as
trevas não a derrotaram. X Jo 3:19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as
trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más.
5.
Jo 1:5 A luz brilha nas trevas, e as
trevas não a derrotaram. X Jo 12:35 Por mais um pouco de tempo a luz estará
entre vocês. Andem enquanto vocês têm a luz, para que as trevas não os
surpreendam, pois aquele que anda nas trevas não sabe para onde está indo.
6.
Jo 1:9 Estava chegando ao mundo a
verdadeira luz, que ilumina todos os homens.
X Jo 3.19 a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a
luz, porque as suas obras eram más. Jo 12.43 pois preferiam a aprovação dos
homens do que a aprovação de Deus
7.
Jo 1:11 Veio para o que era seu, mas os seus não o
receberam. X Jo 4:44 ( Jesus tinha
afirmado que nenhum profeta tem honra em sua própria terra. )
8.
Jo 1:13 os quais não nasceram por descendência
natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas
nasceram de Deus. X Jo 3:6 O que nasce da carne é carne, mas o que nasce
do Espírito é espírito. Jo 8:41,42 Vocês
estão fazendo as obras do pai de vocês". Protestaram eles: "Nós não
somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus". Disse-lhes Jesus: "Se Deus fosse o Pai de
vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por
mim mesmo, mas ele me enviou
9.
Jo 1:14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e
viveu entre nós. Vimos a sua glória,
glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade. X Jo12:41 Isaías
disse isso porque viu a glória de Jesus e falou sobre ele.
10.
Jo 1:14 Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu
entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de
graça e de verdade. Jo 1:18 Ninguém
jamais viu a Deus, mas o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou
conhecido. X Jo 3:16 "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o
seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida
eterna.
11.
Jo 1:17 Pois a Lei foi dada por intermédio de Moisés;
a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. X Jo 14:6 Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade
e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
12.
Jo 1:18 Ninguém jamais viu a Deus, mas o Deus
Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido. X Jo 6:46 Ninguém viu o Pai, a não ser aquele que vem
de Deus; somente ele viu ao Pai.
“De certa forma o Prólogo resume a forma como
a Palavra, que estava junto de Deus no principio, entrou na esfera do tempo, da
historia e da tangibilidade- em outras palavras, como o Filho de Deus foi
enviado ao mundo para se tornar o Jesus da historia, de forma que a gloria e a
graça de Deus pudessem ser manifestadas de modo singular e perfeito. O restante
do livro é a ampliação do tema”. (Carson)
1- No principio, essas palavras,
imediatamente, fazem qualquer leitor lembrar-se do antigo testamento, o versículo
de abertura da bíblia: “No principio Deus criou os céus e a terra” Genesis
começa com a criação, João se refere a criação, mas logo se volta o que Paulo
chama de nova criação (2Co5.17). O contexto, em Genesis e aqui, mostra que o
principio é absoluto: o principio de todas as coisas e do universo.
Considerando-se
que João usava muitas referencias ao AT, esse é o lugar para começar. Lá a
palavra de Deus está ligada com a poderosa atividade de Deus na criação (Gn1.3ss)
revelação (Jr1.4; Is 9.8; Ez 33.7; Am 3.1,8) e libertação (Sl 107.20, Is
55.1.
Deus simplesmente fala, e sua poderosa palavra
cria.
Com essa palavra, essa divina auto expressão ,
existia no principio, pode-se supor que ela estava com Deus, ou era o próprio Deus.
João pretende que todo o seu evangelho seja
lido à luz desse primeiro versículo.
2-João, em certo sentido, faz uma repetição
das primeiras duas orações.
3-4. O versículo 3 simplesmente insiste,
positiva e negativamente, que a palavra era o agente de Deus na criação de tudo o que existe. Positivamente, Todas as
coisas foram feitas por intermédio dele; negativamente, sem ele, nada do que
existe teria sido feito. A mudança no tempo verbal de foram feitas para teria sido feita é, portanto, a
mudança do ato de criação para o estado de criação.
Que Cristo preexistente criou tudo é um tema
comum no Novo testamento, mesmo que titulo “palavra” nesta conexão se restrinja
à presente passagem. Referindo-se a Jesus Cristo, Paulo diz que “todas as
coisas foram criadas por ele, e até mesmo, “para ele”, e que nele tudo subsiste”
(Cl 1.16,17). O escritor de hebreus fala do filho por meio de quem Deus fez o
universo. (Hb1.2)
Vida e luz são formas de focalizar a excelência
da palavra: “Nele estava a vida e era, e era a luz dos homens. Muitos comentários
chamam a atenção para o paralelo formal em 5.26” Pois, da mesma forma como o
Pai tem vida em si mesmo, ele concedeu ao filho ter vida em si mesmo. O
relacionamento entre Deus e a Palavra no prólogo é a semelhança entre o Pai e o
filho no restante do evangelho. Mais tarde Jesus afirma que ele é ambos a luz
do mundo (8.12;9.5) e a vida (11.25;14.6). (Carson)
João no restante desse evangelho ira
relacionar luz e vida com salvação.
A luz é a revelação que as pessoas podem
receber em fé ativa para serem salvas, a vida de ressurreição ou a vida
espiritual que é seu antegozo. (Carson)
5- Esse versículo
é uma obra prima de ambiguidade planejada. Luz e trevas não são simplesmente
opostos; trevas nada mais são que ausência de Luz.Na primeira criação, “trevas
cobriam a face do abismo” (gn 1.2) até que Deus disse: “haja luz” (gn1.3). Em
nenhuma outra ocasião a não ser da criação, poderia ser mais apropriadamente
dito: A luz brilha nas trevas. Precisamente porque João está falando de
criação, e não está descrevendo um universo dualístico luz e trevas, bem e mal,
são oposto emparelhados, ele pode descrever a vitoria da luz: e as trevas não à
derrotaram. A dualidade luz/trevas domina muito o restante do livro. As “trevas”
em João não são somente ausência de luz, mas um mal concreto (Jo 3.19; 8.12;12.35,46;
1Jo1.5,6; 2.8,9,11); a luz não é só revelação ligada a criação, mas a salvação.
A parte da luz traduzida pelo messias, a Palavra encarnada, as pessoas amam as
trevas porque suas obras são más e isso retratado em Jo 3.19 e, quando a luz
aparece elas as odeiam, porque não querem que suas obras sejam expostas Jo
3.20. De fato, sempre que é verdade que a luz brilha nas trevas, também é
verdade que as trevas não a entendam. (Carson)
6-8. João Batista foi enviado por
Deus, designado para está tarefa especifica, como uma testemunha para
testificar acerca da luz. Maravilhoso resumo do ministério de João aparece em Jo
10:40-42 Então Jesus atravessou
novamente o Jordão e foi para o lugar onde João batizava nos primeiros dias do
seu ministério. Ali ficou, e muita gente foi até onde ele estava, dizendo:
"Embora João nunca tenha realizado um sinal miraculoso, tudo o que ele
disse a respeito deste homem era verdade". E ali muitos creram em Jesus. (Carson)
9.A
verdadeira luz vindo ao mundo. Isso ressalta a encarnação de Jesus Cristo (v14,
3.16).
Ao mundo. O sentido básico da palavra
grega que significa um ornamento é ilustrado pela palavra adorno (1Pe 3.3)
enquanto o novo testamento usa essa palavra no total de 185 vezes, João tinha
uma preferência especial por ela, tendo empregado a 78 vezes no seu evangelho,
24 vezes em suas cartas e três vezes no apocalipse. João adquiriu varias nuanças
de significado ao termo: 1. o universo físico criado (v3) 2. Humanidade em
geral (3.16) 3. Sistema espiritual invisível do mal dominado por satanás e tudo
quanto oferece oposição a Deus, sua palavra e seu povo (3.19). O ultimo
conceito é um importante novo uso que o termo adquire no novo testamento e que
predomina em João. Assim, na maioria das vezes que João usa a palavra ela
possui implicações decididamente negativas. Ilumina a todo homem. Por meio do
poder soberano de deus, todo o homem possui luz suficiente para que seja responsável,
Deus implantou o conhecimento dele no ser humano mediante a relação geral na
criação e na consciência. O resultado revelação geral no entanto, não produz
salvação, mas conduz ou a luz total de Cristo ou produz condenação aqueles que
rejeitam. A vinda de Jesus cristo foi o
cumprimento e a incorporação da luz que Deus colocou dentro do coração do
homem. (Carson)
11-
Seu..seus. é provável que seu se refere ao mundo da humanidade em geral, quanto
seus se refira a nação judaica. Como criador, o mundo pertence ao verbo, sendo
propriedade dele, mas o mundo nem mesmo o reconheceu por causa da cegueira
espiritual. João usou seus em sentido mais restrito para se referir a linhagem física
de Jesus, os judeus. Embora possuíssem as escrituras que testificam da pessoa e
da vinda dele, ainda sim não o aceitaram Isaias 65: 2,3. Esse tema da rejeição
judaica do seu prometido Messias recebe atenção especial no evangelho de João
12.37-41. (macarthur)
12-13.
este versículo fazem contraste com os versículos 10 e 11. João ameniza a
intensa rejeição do messias ao enfatizar a existência de um remanescente
crente. Isso antecipa o enfoque do livro, pois os primeiros 12 capítulos
enfatizam a rejeição de cristo enquanto o capitulo 13 a 21 ao remanescente
crente que o recebeu. (macarthur)
12- Todos
quanto receberam aos que creem no seu nome. A segunda fase descreve a primeira
receber aquele que é o verbo de Deus significa reconhecer nele aquilo que ele afirma ser, colocar a fé nele e,
assim, submeter-se com fidelidade a ele. Deu-lhes. O termo enfatiza a graça de
Deus envolvida no dom da salvação (Ef 2.8-10). O poder os que recebem Jesus, o
verbo, recebe plena autoridade Deus tentar o glorioso titulo de filhos de Deus.
Seu nome. Indica o caráter da própria pessoa. (macarthur)
13- De
Deus. O lado divino da salvação: Em ultima analise não é a vontade humana de
produzir a salvação, mas a vontade de Deus (Jo 3.6-8) (macarthur)
14- O
verbo se fez carne. Com quanto Cristo como deus seja não criado e eterno a
palavra “tornou-se” enfatiza cristo assumindo a humanidade. Este fato é
certamente o mais profundo de todos porque indica que o infinito tornou-se
finito; o eterno foi conformado ao tempo; o invisível tornou-se visível; o ser
sobrenatural reduziu-se ao natural. Na encarnação, entretanto, o verbo não
deixou de ser Deus , mas tornou-se Deus em carne humana, ou seja, plena divindade
em forma humana como um homem. Habitou. Significa “fincar o tabernáculo” ou “morar
numa tenda”. O termo lembra o tabernáculo do antigo testamento onde Deus se
encontrava com Israel antes do templo ser construído. Chamava-se “a tenda da
congregação” “tabernáculo do testemunho” LXX, onde “fala ao senhor a Moises face
a face como qualquer fala ao seu amigo”. No NT, Deus escolheu habitar entre o
seu povo de uma maneira muito mais pessoal, tornando-se homem. No AT quando o
tabernáculo foi concluído, a gloriosa presença de deus encheu toda a estrutura.
Quando o verbo tornou-se carne a presença da divindade estava incorporada nele.Cheia
de graça e verdade. Naquela ocasião, Moises pediu que Deus lhe mostrasse a sua
Gloria. O Senhor respondeu a Moises que desfilaria toda a sua bondade perante
ele, e, então, enquanto desfilava, ele, declarou: “o Senhor...compassivo,
clemente e longânime, e grande em misericórdia e fidelidade”. Esses atributos
da gloria de Deus enfatizam a bondade do caráter de deus, especialmente em
relação a salvação. Jesus como javé no AT “Eu sou” exibiu os mesmos atributos
divinos quando habitou na era do novo testamento. Vimos a sua gloria. Embora a
sua divindade estivesse oculta em carne humana, a traços de sua divina
majestade nos evangelhos. Os discípulo viram relances de sua gloria no monte da
transfiguração. A referencia da gloria de Cristo, porem, não foi apenas visível,
mas também espiritual. Eles viram-no exibir os atributos ou características de
Deus (graça, misericórdia, sabedoria, verdade e etc). Gloria como... do pai.
Jesus , na qualidade de Deus, exibiu a mesma gloria que a do pai. Eles são um
em natureza essencial. Unigenito. Palavra unigênito trás a ideia de o único amado.
Portanto, expressa a ideia de peculiaridade singular, de ser amado como ninguém
outro. Por essa palavra João enfatiza o caráter exclusivo do relacionamento
entre o Pai e o filho na divindade. Não trás a conotação de origem, mas de proeminência
singular; por exemplo, foi usada para referir-se a Isaque (Hb 11:17) que foi o
segundo filho de Abrão. (macarthur)
15- O testemunho
de João batista corrobora a afirmação do apostolo João com relação a eternidade
do verbo encarnado (macarthur)
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